quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Teste Honda CB 300



Após mais de um ano de expectativa a Honda lança a substituta da Twister, a nova CB 300R. Estava curioso em pilotá-la, todavia, tive uma Twister por 3 anos, com a qual rodei 60 mil quilômetros.
Realmente, ela ficou mais bem acertada com o câmbio de 5 marchas, que lhe conferiu esperteza em qualquer regime de rotação, aliado agora à injeção eletrônica. Não tive nem vagas lembranças da 6ª marcha da Twister.
O design da moto, realmente, ficou bonito. Mas chamá-la de mini Hornet ou mini CB 1000R, parece um exagero dos mais entusiastas. Um modelo lembrar outro é uma coisa, agora defini-lo como igual ou parecido é um tanto exagerado.
A Honda foi muito competente em lançar uma motocicleta para um perfil de público que sonha em ter uma moto de maior cilindrada, mas não pode pagar o preço. A CB300R no meio das grandes cilindras, olhando por cima, passaria despercebida senão fosse o bocal do tanque, mantido igual ao da Twister.



O desenho tão bonito e bem resolvido conferiu status a nova CB 300R, dando-lhe um caráter esportivo e de maior cilindrada. E exatamente isso que seus compradores buscam: status.
O painel além de bonito continua de fácil leitura, assim como era da twister, bastando uma “batida de olho rápido” para que o piloto obtenha a informação procurada.
O banco me chamou atenção, pois além de conferir maior conforto para piloto e garupa, consegui com uma mão, na outra segurando um capacete, abrir o banco, retirá-lo e colocá-lo novamente, o que era impossível com a Twister.
Outro detalhe que me chamou atenção, foi a ergonomia, o piloto fica bem sentado e as pernas se encaixam perfeitamente no novo e bonito tanque com maior capacidade, agora com 18 litros, o que confere uma autonomia de até 500Km, dependendo da mão do piloto.
Dadas essas características ergonômicas, viajar com a CB300R, certamente, não cansará o piloto e garupa.
Uma crítica é o espaço entre as pedaleiras, a garupa fica bem acomodada por conta do confortável banco, com minha esposa não tive problemas, pois é hábito ela ficar quase na ponta dos pés, assim como eu o tempo todo, mas com o Bitenca na garupa, que não é garupeiro, incomodou essa pequena distância, que numa viagem pode gerar stress, onde o pé do piloto esbarra no da garupa.
A tão aguardada injeção eletrônica somado ao novo acerto do câmbio tornou essa motocicleta “na mão” o tempo todo, quer seja na cidade, quer seja na rodovia.
Na Twister havia um buraco da 3ª para 4ª marcha, sendo sempre necessária uma redução para acordar a cavalaria, o que não ocorre com a CB 300R, apesar da 1ª e 2ª marchas serem bem curtas, os restantes das marchas dão conta do recado. A CB300R em 5ª marcha a 120Km/h roda a 7000RPM e com ou sem garupa, ela mantém essa rotação e velocidade, mesmo surgindo leves aclives na rodovia.
A vibração melhorou muito e posso afirmar que a vibração da CB300R só se compara à da Twister quando se atinge a rotação de 9000RPM a 140Km/h, velocidade máxima alcançada pela CB300R. É a mesma vibração incômoda da twister a 8000RPM que ocorre a 120Km/h, ou seja, no limite de velocidade da rodovia é muito confortável.
Quanto a velocidade máxima, não tem jeito, o consumidor precisa ser honesto com si próprio e com a proposta do produto, apesar do design levar à esportividade, o motor monocilíndrico da CB300R não tem a proposta de atingir altas velocidades.
O consumidor brasileiro tem a péssima mania de comprar um produto querendo que renda mais do que foi programado. A proposta da CB300R é urbano e não esportivo. Dá conta do recado na cidade e na rodovia, cuja velocidade máxima permitida é de 120Km/h, velocidade esta que ela mantém tranquilamente, dando a falsa impressão de que não chegou no limite do motor. Motor com qualidade para durabilidade igual ou superior ao da Twister que atinge uma faixa de rotação maior.
Comigo a CB300R obteve médias de 20,5 Km/l (rodando com garupa na rodovia) e de 26,8Km/l (rodando na cidade sem garupa). Consumo adequado à cilindrada e à proposta da motocicleta.
Já com o Bitenca, a CB300R obteve médias de 23,5km/l com 90% do percurso em rodovia, sempre na velocidade média de 100 a 120Km/h, o que representa o motor trabalhando numa rotação de 6000 a 7000RPM, ou 77,7% da faixa útil da motocicleta, bem no fim da faixa útil.
A Honda oferece a CB300R em quatro cores: preto, vermelho, prata e amarelo metálico
O preço de venda: R$ 12.876,00, mas as concessionárias têm cobrado um ágio que varia o preço em até R$ 1.000,00.

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